Trabalhar com o constante estímulo à criatividade representa um desafio diário para inúmeros profissionais, em especial quando se trata de criar um personagem. O desenvolvimento de características únicas para as histórias promove uma aventura a cada projeto, fazendo da profissão uma das mais emocionantes do mundo moderno.

Pensando nisso, criamos este texto com as principais dicas para ajudá-lo na hora de elaborar um personagem para games! Você também é fã e nutre o sonho de trabalhar nesse ramo? Então, não perca as 9 sugestões listadas ao longo do post com todas as informações relevantes sobre como produzir um design de personagens de jogos. Boa leitura!

1. Definir a história e motivações dos personagens

Independentemente do meio de entretenimento, um personagem nunca pode ser apresentado fora de contexto. A elaboração de um enredo a partir dos acontecimentos passados da sua personalidade cumpre papel essencial para conquistar o público e fazer com que a sua figura ganhe o jogador.

Quando os personagens são desenvolvidos com base clara em uma história, sobretudo nos jogos, as chances do público se identificar são muito mais altas, gerando uma empatia com a trama.

Além de atrair interesse ao game, os jogadores passam a torcer pelo seu personagem, gerando alto envolvimento na história do jogo. Outro fator importante está ligado às motivações, pois, por meio delas, o público é capaz de analisar o comportamento dos personagens e compreender suas ações a partir dos acontecimentos vivenciados pelas figuras.

2. Escolher a aparência

O design de personagens abre um leque de infinitas possibilidades quando falamos a respeito da criação do semblante da figura de um jogo. É importante que todos os detalhes recebam a devida atenção para que a fisionomia se encaixe no cenário do game.

Além disso, a aparência precisa demonstrar com facilidade toda a personalidade que envolve o personagem em processo de surgimento. Alguns pontos definidos nesta etapa são:

  • linguagem corporal;
  • roupas em diferentes situações do jogo;
  • corte e cores do cabelo;
  • acessórios que vão fazer parte das roupas em cada etapa do game.

Os elementos acima auxiliam bastante na ação de transmitir informações essenciais do personagem para o público, tornando mais rápido o envolvimento e a construção de um relacionamento com o jogador.

3. Dar um nome ao personagem

Existem vários nomes em destaque hoje em dia. No entanto, o que vale mesmo é usar uma opção que os jogadores possam gravar facilmente e que, de quebra, ainda carregue um significado relevante para a história do game.

O nome deve caminhar com a personalidade criada para o personagem, transmitindo, de maneira sutil, a força, a sensibilidade, as fraquezas e a trama por trás da figura em questão.

Por isso, uma das nossas principais dicas que você pode seguir nesta etapa é: fazer uma lista com os todos os nomes que passaram pela sua cabeça e buscar o significado de cada um deles. A partir disso, começa-se a eliminar as possibilidades que não se encaixam com o personagem até encontrar a alternativa mais adequada para a história.

4. Utilizar deformações e exageros na criação do visual do personagem

Desde os primórdios dos jogos, comumente encontrarmos personagens com visuais inusitados e exagerados. Isso é um elemento cultural valioso dentro da área dos games, e você pode abusar da criatividade na hora de definir como o costume deve se encaixar no seu design.

Existem infinitas oportunidades de deformações e exageros para serem explorados e inseridos no seu design de personagens. Algumas dessas opções são:

  • deformações corporais, como exageros nos braços, pernas e cabeça;
  • utilização de cores chamativas em diferentes partes do corpo do personagem, como no cabelo;
  • roupas consideradas fora do padrão utilizado no dia a dia.

5. Nunca esquecer as expressões

A maneira como um personagem se expressa no decorrer de um game desempenha função vital para a transmissão de dados relevantes aos jogadores, melhorando a experiência do usuário. Por isso, durante o design, elabore diferentes expressões faciais e corporais para todos os momentos da trama.

As principais expressões que não podem faltar são, em especial, felicidade, tristeza, raiva, comemoração e decepção, por exemplo. Uma boa dica para conseguir pensar em todas essas possibilidades é sentar em frente ao espelho e fazer diferentes caras e bocas. A partir disso, fica mais fácil transmitir as suas próprias representações para o personagem.

6. Ter referências

O design de personagens de games sempre é realizado por meio dos conhecimentos absorvidos no decorrer da vida do designer responsável pelo trabalho. Por essa razão, quanto mais conteúdo você conseguir adquirir em todos os aspectos possíveis, maiores as chances de manter uma qualificação constante do seu rendimento.

A partir dessa inteligência, nota-se um padrão de criação, tanto para personagens realistas quanto figuras inspiradas em cartoons. Portanto, é muito importante fazer uma junção de todas as inspirações ao alcance para desenvolver sua representação. Baseado nesse brainstorm de ideias, os insights vão começar a surgir de uma maneira surpreendente.

Logo abaixo, trazemos alguns ícones da história dos games para você se inspirar e levar como referência. Veja e fique cheio de motivação!

Mega Man

Sempre se reinventando e atingindo novos tipos de público para continuar em alta, o Mega Man apresentou qualidades de design que o permitiram ser top da lista desde os primórdios da indústria dos games até hoje.

Não à toa, faz sucesso desde o fim da década de 80, época da chamada geração 8 bits, ficando firme ainda nos dias atuais. As mais de 50 versões lançadas desse jogo são marcantes e, por isso, Mega Man é uma ótima inspiração para qualquer designer de games.

Zelda

Também nascida na segunda metade dos anos 80, o protagonista da série Zelda, na verdade carrega o nome de Link.

A ideia central da criação de design do personagem tem relação com a infância do desenvolvedor, o japonês Shigeru Miyamoto, já que ele gostava de explorar florestas, cavernas, lagos e semelhantes quando criança. A lição passada por Link (ou Zelda, como quiser) é o papel da sua própria história de vida ao dar vida a personagens.

Donkey Kong

A família Kong marcou época no mundo dos games. Entre os grandes personagens de jogos digitais de todos os tempos, o gorila surgiu como vilão e, por criar tanto carisma, muito por conta do design super bem feito, passou a ser visto como ”bonzinho” depois de certo tempo.

Décadas mais tarde, o game se aperfeiçoou de acordo com as tendências de cada geração e nunca perdeu espaço no cenário. Pelo contrário: foi apenas conquistando mais e mais fãs ao redor do planeta.

7. Realizar diferentes testes

Terminou a primeira versão do seu personagem? Pois o design consiste em uma área de muita experimentação, por isso depois de finalizar a etapa inicial de criação, o ideal é passar por um processo de provas e testes para analisar a sua própria evolução ao longo do processo.

A nossa recomendação seria testar o desenho inicial com outras cores, expressões, acessórios, comportamentos e vestimentas, ou seja, mudar absolutamente tudo e conferir o resultado de novas possibilidades.

A partir desses testes, identificam-se pontos que podem ser melhor elaborados para aprimorar o desempenho do seu personagem dentro do contexto do jogo. Nessa etapa, também é muito importante contar com uma segunda opinião, de alguém da mesma carreira, para garantir que a sua criação está seguindo o caminho certo.

8. Considerar a audiência

Voltar ao básico nunca é demais. Afinal, esse exercício evita que a gente perca a essência dos projetos. Então, pergunte-se com certa frequência durante o processo: por que estou elaborando esse game? Para quem ele se destina?

Responder essas questões e impedir fugas de rota aumenta o nível de precisão do produto final. Assim, a criação do design do personagem ganha tempo e eficiência, pois não se tenta agradar a diversos tipos de público. Lembre-se: é melhor acertar em cheio uma parcela inferior do que correr o risco de atingir todos e acabar sem nada.

Coerência na estética é primordial, e nada disso impede que amantes de outros gêneros se encantem pelo seu produto. Trata-se de ter uma identidade e segui-la sempre, sabendo da existência de diversos estilos de audiência, mas focando em apenas uma.

9. Fugir dos erros mais comuns

Seguindo as dicas acima, você certamente estará no caminho certo. Em especial se acrescentar e elas questões como irreverência e capricho na escolha das cores, por exemplo. Mas tão importante quanto o que já foi citado é evitar as falhas mais comuns nesse processo.

Nós podemos listar algumas delas para que você as tenha em mente e não as cometa, como:

  • lançar personagens ainda não 100% prontos esteticamente;
  • usar figuras unidimensionais;
  • exagerar nos estereótipos;
  • criar personagens incoerentes com eles mesmos.

O design de personagens de jogos é um trabalho extremamente recompensador, uma vez que a sua criatividade vai ser admirada por gamers do mundo inteiro. Por isso, nunca deixe de atualizar os conhecimentos com um dos principais cursos disponíveis nesse mercado, assegurando um trabalho cada vez melhor.

Se interessou pelo tema e achou legais as informações do post? Então aproveite a visita ao blog da SAGA e compartilhe o conteúdo nas redes sociais para mostrar aos seus amigos!

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