Se já faz tempo que você joga, é bastante provável que, vez ou outra, tenha se pegado sonhando com conceitos que dariam ótimos games, verdade? Então, por que não botar suas ideias à prova?

O caminho para se tornar um desenvolvedor não é fácil de trilhar sozinho, mas nós trazemos, ao longo do post, 11 dicas capazes de ajudá-lo a entender como criar um jogo e dar o start em uma carreira promissora.

Antes de mais nada, é importante estar consciente que o processo nem sempre acontece rapidamente. Persistir representa quase uma obrigação para alcançar o sucesso nessa área. Confira tudo a respeito do assunto e ainda ganhe de presente uma Oficina Gratuita para ter a sua primeira experiência em criação de jogos!

1. Antes de aprender a andar, engatinhe

Para começar a entender como criar um jogo, busque um conceito de implementação simples — game de plataforma ou um shoot ‘em up, por exemplo. Nesse primeiro momento, evite preocupações excessivas envolvendo aparência ou trilha sonora: o seu objetivo é tão somente entregar um jogo que funcione.

Então, deixe aflorar o game designer que existe dentro de você e comece a planejar o jogo em torno do conceito escolhido. Pensar em enredo, construção dos personagens e paisagens, além de vários outros aspectos, serve para guiá-lo na formação desse mundo, mesmo que não chegue a apresentar tudo ao jogador.

2. Procure as ferramentas certas

Carregando o conceito do seu game em mente, é hora de pensar em estratégias de tirá-lo do papel. Já existem vários softwares feitos para facilitar esse processo, permitindo que o desenvolvedor crie jogos por meio de uma interface amigável. A partir daí, você não precisa nem saber tanto de programação.

No entanto, cada um tem as suas especificidades e limitações, o que torna importante que o design do jogo e as possibilidades da ferramenta escolhida estejam sempre alinhados. A seguir, veja exemplos de programas bastante simples de usar, perfeitos para produzir o primeiro game.

Twine

Twine cria jogos em .html e java que funcionam direto no navegador. Ele permite que você elabore uma rede de quadros nos quais o jogador pode navegar clicando em links. Ainda que suporte algumas mídias simples, o forte do Twine é o texto escrito, tornando-o ideal para games focados na narrativa.

RPGMaker

No mercado desde 1992, o RPGMaker é a engine feita para produzir jogos aos moldes dos primeiros lançamentos da franquia Final Fantasy, com incontáveis NPCs, bastante diálogo e batalhas em turno. Se você amava os RPGs do Super Nintendo, esse pode ser um excelente pontapé inicial.

Stencyl

Stencyl figura como opção ideal para fazer jogos 2D, principalmente os de plataforma. Ele cria games tanto para computador quanto para celular, usando uma interface bastante visual, além de toda a parte de programação ser feita encaixando blocos de comando — o que, convenhamos, facilita o processo.

Unity

Bastante popular a nível global, a Unity, que usa a C# como linguagem, se caracteriza pela versatilidade aliada a um design muito intuitivo e inteligente. Portanto, mesmo que ainda não tenha muita familiaridade com a ferramenta, saiba que o aprendizado costuma ser rápida.

Godot

Ativa desde 2014, a Godot apenas agora está crescendo no meio dos desenvolvedores ainda em fase inicial de carreira. Não por acaso, aliás: trata-se de uma alternativa também marcada pela intuitividade e pelo fácil processo de aprendizado.

Existe um recurso que possibilita a programação visual, mesmo que a alternativa manual, a partir das linguagens GDScript, própria do programa, C# e C++.

Unreal

Impossível falar de engines sem citar a Unreal, da Epic Games. Uma das mais fortes da história desse mercado, ela, apesar de pioneira, sempre se manteve em constante evolução.

Ideal para produções em 3D, a Unreal é extremamente versátil e permite que o desenvolvedor explore inúmeras possibilidades na criação do jogo, moldando o processo às suas necessidades e seus desejos.

Ah! Se você quiser experimentar gratuitamente como são criados jogos na Unreal, temos um presente pra você!

3. Conecte-se

O mercado de produção de jogos exige conhecimentos em várias áreas — programação, gráfico, som etc. —, e ninguém aprende tudo do dia para a noite. Por esse motivo, os games costumam ser desenvolvidos em equipe, de maneira que cada integrante dela assume responsabilidades a desenvolver dentro da especialidade.

Ainda que você não queira buscar colegas para a formação de um time, vale a pena procurar por ajuda em fóruns ou mesmo baixar pacotes de materiais gratuitos na internet. Assim, foca-se no planejamento do jogo e em outras partes do processo que forem tratadas como mais interessantes.

4. Identifique seu público

Todo o esforço empreendido ao longo do processo de elaboração do game é para um objetivo em especial: atingir o público com eficiência. Sendo assim, você deve identificar adequadamente qual é o seu público.

Audiências diferentes têm interesses diferentes e, portanto, jogam games diferentes. Na tentativa de agradar a vários nichos, você corre um sério risco de não impactar nenhum deles com a força necessária. Nesse cenário, define um público e invista apenas nele: se outros manifestarem interesse, ótimo. Mas o foco deve ser somente um.

5. Defina linguagem e tecnologias

São dois elementos intimamente conectados. O primeiro passo consiste na delimitação da dimensão do game: bi ou tridimensional? Em seguida, bata o martelo com relação às ferramentas nas quais o jogo vai rodar: computador, smartphone, console?

Tudo isso afeta a mecânica do game, ou seja, caso a opção tenha sido a de criá-lo com foco nos consoles, é essencial entender que outras plataformas não entregarão a mesma dinâmica, o que muda por completo a experiência do público.

Já no que diz respeito às linguagens de programação, a principal dica aponta para o caminho da criatividade e da inovação. Mesmo se você não está tão ambientado a realizar essa tarefa, vá em frente, pois se trata de um estágio que dá bastante autonomia aos responsáveis.

Não por acaso existem as engines, ferramentas que disponibilizam uma série de recursos preparados para a elaboração de jogos — conforme observamos acima no post.

6. Desenvolva a história

Das premissas ao estilo, passando pela formação do caráter e dos trejeitos dos personagens, você deve traçar um enredo robusto e convincente. É fundamental, nesse estágio, prezar pela coerência e evitar contradições, portanto aposte na objetividade para fugir desses problemas.

A história não precisa ser extensa. Pelo contrário: sua função consiste em motivar os jogadores a continuarem no game. Tudo envolve, no fim das contas, bastante criatividade. Muitas vezes, características simples cativam o público, e isso dá mais tempo para, com a maturação das ideias, pensar em novos elementos de maior grau de complexidade.

Nesse cenário, procure não estimular os velhos clichês de enredos. Seja original e coerente pois, a partir daí, a história tende a alcançar e impactar mais pessoas.

7. Faça um protótipo

Identificado o público e definidas a linguagem e a tecnologia, chega a hora de realizar um protótipo. Trata-se, de maneira objetiva, de uma versão simplificada do jogo para medir os níveis de aptidão do estágio em que se encontra o processo de produção.

Lembre-se, porém, de que ainda não é um teste propriamente dito: na prototipação, o foco está em checar as principais funcionalidades para observar se o caminho seguido é o correto. Para corroborar a qualidade do game quando existem apoiadores financeiros, por exemplo, o protótipo cumpre papel essencial.

8. Ponha seu jogo para funcionar

O videogame é uma mídia fundamentada na interação do jogador com um sistema. Todos os seus elementos — regras, narrativa, gráficos, som etc. — são planejados para criar uma determinada experiência durante a partida.

Em outras palavras, jogos foram feitos para serem jogados. Portanto, você só saberá se cumpriu os objetivos que almejava quando alguém experimentar de fato o game.

Chame os seus amigos mais pacientes (e corajosos!) para uma avaliação sincera. Esse feedback desempenha função fundamental para você saber em que aspectos precisa trabalhar duro na próxima tentativa.

9. Registre as falhas

No período de testes, é importante que apareçam bugs. Sim! Caso contrário, alguma coisa está errada. Os erros são normais, e a correção deles aproxima o projeto de um game de qualidade. Portanto, o processo de registro das falhas exige organização máxima.

Vale a pena documentar cada detalhe para facilitar a correção: versão de teste, sistema operacional em que se observou o bug, resumo com descrição detalhista etc. É interessante, ainda, criar categorias para as falhas, como, por exemplo, de design, de projeto ou de programação.

Nessa lista, deixe clara a hierarquia das correções: qual delas demanda maior urgência? E de que forma as pessoas responsáveis pela tarefa podem encontrar os erros para eliminá-los? Para isso, faça printscreens até chegar ao elemento em questão.

10. Volte ao passo 1

Comece de novo! Desenvolver jogos exige conhecimento e prática. Por isso, independentemente do resultado, não pare depois de criar o primeiro game.

Tente um segundo, um terceiro, um quarto… a cada nova tentativa você aperfeiçoará sua técnica e aprenderá a usar novas ferramentas.

11. Divulgue o jogo

Finalizados todos os passos de revisão, chega o momento de realizar a divulgação do conteúdo. Há muitas alternativas: se o game tiver foco em dispositivos mobile, o ideal é cadastrá-lo nas principais plataformas do segmento, a Play Store e a Apple Store.

Nelas, é possível cobrar pelo download do aplicativo. Ainda assim, essa opção nem sempre estimula o crescimento e a popularização do game, ou seja, você pode apostar na monetização oriunda de anúncios veiculados em etapas de transição do jogo. Isso evita prejuízos à experiência do usuário, fator essencial nos dias de hoje.

Vale, também, comercializar itens adicionais dentro da própria plataforma do game, relacionando a evolução do jogador à compra desses acessórios, desde que haja uma conexão coerente ao enredo.

Caso opte pelo PC como plataforma, é possível criar um site para facilitar o download ou divulgar em plataformas específicas para games. Isso sem falar nas redes sociais, que sempre figuram entre as melhores alternativas de divulgação para qualquer conteúdo.

Para saber como criar um jogo, você deve entender o papel dos processos nessa jornada. Não é algo simples mas, com persistência e capacidade de esperar o surgimento dos primeiros resultados, sua chance de sucesso cresce consideravelmente.

O conhecimento adicional pode lhe ajudar bastante na caminhada, e nós, da Escola SAGA, contamos com Oficinas Gratuitas de Games para você conhecer esta carreira e cursos como o PlayGame 5.0 para você evoluir e trabalhar para empresas de games do Brasil e do mundo inteiro.

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