Estudos apontavam, ainda em 2016, que o mercado brasileiro de animação já era avaliado em quase 5 bilhões de reais. Os anos seguintes foram positivos para o setor, tanto que, em 2020, o Brasil marcou presença nos maiores eventos europeus do segmento: o Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy e o MIFA.

As edições de ambos aconteceram de modo virtual, por conta da pandemia de Covid-19. Apesar disso, foi um grande passo para o país no sentido de alavancar a área de animação. É uma ótima notícia para profissionais curiosos, loucos por aprendizado constante e apaixonados por criatividade!

Com essa onda de expansão em andamento, você deve estar se perguntando: quanto ganha um animador? Ao longo do texto, não apenas sanamos a dúvida, como ainda abordamos mais coisas sobre o papel desse profissional, capaz de desenvolver animações e manipular cenários e objetos. Continue conosco e fique por dentro do assunto!

O que faz um animador?

De maneira geral, o trabalho do animador engloba vários processos criativos dentro do ambiente virtual, desde a criação até a modelagem. Conforme veremos melhor mais adiante, esse profissional pode atuar em diferentes áreas da indústria criativa.

As animações feitas pelo animador usam técnicas conhecidas, como a bidimensional (2D), tridimensional (3D) e stop motion, movimentando e fotografando modelos reais em uma prática quadro a quadro. O profissional é responsável por atribuir movimentos, parciais ou totais, a conteúdos visuais.

Esses conteúdos variam de imagens a filmes, passando por desenhos, computação gráfica, publicidade, aplicativos voltados a smartphone e, com cada vez maior frequência, games. É importante respeitar estruturas, movimentos, expressões faciais e formas, sempre com a habilidade e o alto grau de detalhe, necessários para entregar bons resultados.

Até mesmo os setores cinematográfico e televisivo abrem oportunidades para animadores. Em estúdios de cinema, esse profissional costuma receber a tarefa de desenvolver produções específicas de animação, enquanto, na televisão, participa ativamente da elaboração de vinhetas, por exemplo.

Isso sem falar na publicidade e no ramo da educação, em que animações são fundamentais para, no primeiro caso, atingir o público com eficiência e, no segundo, qualificar a didática de aulas em vídeo ou conteúdos complementares.

Quais são os principais desafios da carreira de animador?

Antes de saber quanto ganha um animador, é importante entender os obstáculos mais comuns que costumam aparecer na trajetória profissional. Vale ressaltar que se trata de um processo lento, ou seja, os trabalhos demoram e são resultados de rotinas consistentes: não espere nada do dia para a noite.

Afinal de contas, a profissão exige que se lide com uma série de detalhes do princípio até a conclusão. Entre eles, figuram elementos como:

  • roteiro;
  • storyboard;
  • animatic;
  • edição/pós-produção;
  • dublagem;
  • efeitos sonoros etc.

Não à toa, é regra geral afirmar que um animador de qualidade produz por volta de cinco segundos de animação diariamente. Isso mesmo: cinco segundos. Nesse cenário, ainda entram elementos externos, como a burocracia enfrentada no Brasil para gerar empregos e facilitar as operações nesse segmento.

Para a qualificação do trabalho, é vital ter acesso a softwares e equipamentos de alto padrão, por exemplo. A crescente desvalorização do real frente ao dólar dificulta bastante a importação de mercadorias e programas realmente eficazes. Isso tem ocasionado o êxodo de muitos animadores, buscando oportunidades mais atrativas fora do país.

Como em outras profissões, a identificação de lacunas antes da concorrência é um desafio valioso. A indústria de games, que movimentou cifras na casa dos 120 bilhões de dólares, em 2019, representa uma das melhores áreas hoje em dia para animadores, diante de um cenário com excelente perspectiva de futuro próximo.

Quanto ganha um animador?

A média figura na casa dos R$ 1.391,63. No entanto, vale ressaltar que a expansão do mercado permite atingir ganhos acima dos R$ 2 mil e, inclusive, dos R$ 3 mil. Isso em empregos formais, deixando de lado a possibilidade de atuar como freelancer e multiplicar os valores de acordo com iniciativas próprias mês a mês.

Os dados que indicam crescimento na produção de séries de animação para o ramo da televisão no Brasil nos últimos anos também levam a crer que o salário médio pode aumentar nos próximos tempos.

Apenas durante o ano de 2017, por exemplo, houve um acréscimo de 30% no volume de obras de animação no país, em comparação a 2016. Essa curva ascendente representa um momento propício para começar na carreira. E claro: quanto mais competente o serviço, melhor a remuneração.

Onde esse profissional pode trabalhar?

Anteriormente, destacamos a diversidade de alternativas à disposição de um animador no mercado da indústria criativa. A seguir, o conteúdo é mais específico, com uma lista das principais atribuições desse profissional:

  • edição — escolhendo e dando ordem às cenas já gravadas, visando à sequência da produção audiovisual, para finalizar o desenvolvimento de uma história completa;
  • design de personagens — criando vida para personagens por meio do uso de um briefing que define características, como figurino, tom de voz, movimentos etc.;
  • direção — liderando a execução da peça de animação, desde a definição da metodologia até o planejamento da produção, envolvendo cenários, dublagem, som e edição;
  • cor — selecionando as cores de personagens, cenários e todos os demais elementos que dão beleza plástica à obra;
  • infográfico — fazendo animações que servem como efeito visual em projetos audiovisuais;
  • produção — planejando e colocando em prática ações para o produto final, desde a contratação de profissionais para formar a equipe até a captação de recursos financeiros.

Por onde começar?

Dar os primeiros passos pode parecer tarefa árdua. Contudo, com um pouco de orientação, ela fica mais fácil. A busca por qualificação acadêmica é certamente uma das melhores opções, apesar de o aprendizado por conta própria também ser primordial na caminhada.

Ser autodidata, aliás, é muito importante para dominar os programas e as funções necessárias. Existem, hoje em dia, cursos de qualidade alta para não apenas transmitir conhecimento teórico, mas também prático, visando à formação de animadores.

Aprender sobre aspectos gerais da arte e do design pode auxiliar bastante, como semiótica, linguagem visual, computação gráfica, história da arte, storyboard, motion design etc. De quebra, ainda vale a boa e velha procura por oportunidades capazes de agregar troca de experiências, sobretudo com profissionais mais vivenciados no mercado.

Agora que você sabe mais ao certo quanto ganha um animador e também está por dentro do cenário otimista de futuro da indústria criativa digital no Brasil, vale uma última dica: que tal fazer uma Oficina Gratuita de Animação da SAGA? Esse é um excelente passo para você ter o primeiro contato com essa área e iniciar a sua jornada para se tornar um grande profissional. A SAGA tem uma série de alternativas para você!

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