A mesa digitalizadora vem gradualmente fazendo parte do dia a dia dos designers gráficos, arquitetos e de indivíduos que trabalham com desenhos, em geral. Ela facilita bastante o processo de produção dos profissionais da área. Apesar disso, muito iniciantes não sabem ainda como ela funciona e se realmente vale a pena investir dinheiro nela.

Neste artigo, você descobrirá o que ela é, como operá-la e quais as vantagens de apostar nesse instrumento para aperfeiçoar seu trabalho!

O que é uma mesa digitalizadora e para que serve?

Também conhecida como mesa gráfica ou tablet gráfico, você pode desenhar e escrever o que quiser nela com uma caneta específica. O objeto deve estar conectado a um computador por um cabo USB ou por Bluetooth e, assim, a imagem desenhada aparece na tela do PC por meio de um programa como o Adobe Photoshop ou o Illustrator.

Além da mesa com caneta, há outras com sensibilidade ao toque das mãos e dedos e as que funcionam como uma pintura interativa (elas apresentam um monitor integrado em que é possível ilustrar). O instrumento, normalmente, é pequeno e leve. Ele serve como uma representação da tela do seu computador. Então, você aproxima a caneta da mesa e o mouse faz o mesmo no programa que está aberto no PC.

Não é necessário encostar a caneta na mesa para desenhar, só se você quiser selecionar alguma ferramenta no software. Além de ser utilizada para ilustrações e tratamentos de fotos, a mesa digitalizadora é muito usada para realizar a escultura digital 3D. Com aplicativos, como o Zbrush, as tarefas ficam bem mais naturais devido à sensibilidade da tela e da caneta.

Aplicar texturas e tintas é bem mais fácil e, dependendo do modelo do seu tablet gráfico, é possível girar a obra e dar zoom para conferir o que está sendo feito em sua totalidade. Os detalhes podem ser vistos, revistos e aperfeiçoados. A seguir, veremos outros benefícios de trabalhar com a mesa!

Quais as vantagens de ter uma mesa digitalizadora?

Existem diversos benefícios em trabalhar com a mesa digitalizadora. Para começar, a produtividade é bem maior, pois é muito mais simples fazer ajustes e navegar por sua produção no digital do que no papel. Fazer alguma correção, mudar uma cor ou um traço na ilustração, por exemplo, está apenas há alguns cliques de distância.

O tempo gasto nisso é menor e torna o serviço mais ágil. Todo o processo é mais rápido. Falamos da agilidade em fazer adaptações, mas, além disso, depois de pronto, não é necessário esperar a tinta secar, por exemplo.

A possibilidade de fazer tudo digitalmente nos leva a outra vantagem desse recurso: a limpeza. Apagar o trabalho e mexer com tintas, lápis e pincéis cria uma sujeira que pode ser desnecessária. Ao fazer suas criações com a mesa, você se livra de ter que arrumar uma bagunça!

A ergonomia também é um ponto positivo de utilizar o instrumento. Trabalhar com a mesa é mais confortável do que com o mouse, menos cansativo e pode evitar futuros problemas com LER (Lesão por Esforço Repetitivo), que é comum quando o profissional usa o mouse em excesso. Além disso, a precisão do desenho é enorme! Os traços saem de acordo com a pressão feita e, se precisar de algum ajuste, é possível fazer à mão livre.

Por tornar mais fácil o processo de produção de uma ilustração, a peça traz ainda a liberdade de criação! Experimentar não dá tanto trabalho e não causa tanta bagunça. Então, os artistas têm a oportunidade de testar suas ideias e saber qual lhes agrada mais.

Isso é bom, porque assim eles melhoram e, até, criam técnicas de arte digital. Do mesmo modo que é útil para eles, utilizar a mesa é interessante para quem trabalha com edição de imagens. O retoque nas fotos fica mais natural e é mais simples fazer seleções e pinturas.

Como são os modelos?

Como saber qual é a mesa digitalizadora ideal para você e seu trabalho? Vamos elencar aqui alguns dos principais modelos utilizados por quem entende do assunto!

A marca mais conhecida e recomendada é a Wacom, uma empresa japonesa. Ela divide seus exemplares em amadores e profissionais. Porém, não se deve tomar a decisão de qual é melhor baseada nessa segmentação!

A primeira categoria (chamada de One) é formada por peças com telas menores e que apresentam menos recursos. Sendo assim, elas são mais baratas e exigem um investimento menor do comprador. Geralmente, essas encantam os principiantes que ainda precisam se acostumar com a nova forma de desenhar e quem prefere espaços menores, leves e práticos para suas criações.

Se você gosta mais de telas maiores, as da categoria profissional (Intuos e Intuos Pro) talvez sejam as melhores opções! Nesse grupo, existem mesas de todos os tamanhos, com mais recursos e diferentes maneiras de usar a caneta.

Uma vantagem é que alguns softwares são disponibilizados com o produto. Por essas razões, comprar um modelo desses demanda um gasto econômico maior. Esse item é mais indicado para quem já tem experiência com desenho digital, porque são diversos mecanismos oferecidos, e um iniciante pode ficar confuso.

Um ponto importante ao qual você deve se atentar são os níveis de pressão da superfície do aparelho! Ele aponta a intensidade como os contornos serão lidos e reproduzidos. Conforme você aplica mais força na caneta, mais grosso sai o traço e, conforme menos, mais fino ele se torna.

Ou seja, quanto maior o nível de pressão, maior será a variação da intensidade de traços. A mesa One tem níveis menores de pressão, enquanto as da linha Intuos tem níveis mais altos.

Os preços variam bastante de acordo com o modelo. Os recomendados para iniciantes custam em torno de R$ 360,00 e os mais sofisticados podem chegar a mais de R$ 5.000,00.

O iPad Pro é outro produto que está conquistando os artistas. Ele também vem com uma caneta para desenhar, além de ter a vantagem da mobilidade. Desenvolvido pela Apple, o item é muito utilizado por quem faz pintura digital. Ele é bem potente, porém não é possível usar o Photoshop (a versão completa) ou Zbrush em dispositivos móveis.

O preço é mais salgado se comparado aos outros modelos, indo de, aproximadamente, R$ 6.000 até acima de R$ 14.000. Por ser móvel, os processadores são menores, o que dificulta grandes criações. Se suas produções forem mais leves, o iPad Pro pode ser ideal para o seu serviço.

Apesar de não fazerem tanto sucesso no Brasil, há outras empresas no mercado que oferecem produtos similares, como a Huion ou a Genius. Umas disponibilizam mesas mais baratas e outras mais caras. Não foque somente no valor da peça, mas no custo-benefício! E lembre-se de checar seu orçamento e considerá-lo antes de comprar o seu modelo.

Agora que você conhece alguns exemplares de mesa digitalizadora e as qualidades deles, fica mais fácil saber qual é o melhor para atingir seus objetivos, não é mesmo?

Depois de ler sobre a mesa digitalizadora e descobrir mais sobre a arte digital, aproveite e conheça tudo sobre a pintura digital!

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